Expedição Titicaca: Moho

Moho

Ruínas em cima do morro - (27 de julho).

Seguimos para Huancane, o último trecho de asfalto. Por um lado o asfalto é muito bom, pois faz cada pedalada render muito mais, mas por outro, estamos torcendo para chegar logo a estrada de terra onde quase não há trânsito e as coisas são muito mais tranqüilas. É claro que já sabemos que além de mais tranqüilidade teremos alguns problemas relacionados a falta de estrutura das cidades muito pequenas.

 

Terminamos o asfalto em Huancane e comemoramos a metade da viagem. Como ainda havia algumas horas de sol resolvemos seguir para a próxima cidadezinha.

Chegando lá, já começamos a sentir os problemas dos quais tínhamos falado. Não havia nenhum alojamento aberto. Nenhum problema, nada melhor do que acampar na beira do lago. Cozinhamos com a água do Titicaca. A lua estava quase cheia e muito linda. Barulho de patos toda a noite. Eram barulhos estranhos, pareciam porcos.

Pela manhã tivemos que encarar uma subida enorme de terra, pó, pedras, buracos, vento contra e etc... E o resto do dia também não foi fácil. Chegamos de noite, mas chegamos. A cidade, totalmente diferente das outras que estamos acostumados, fica encravada no sopé de um morro muito íngrme e com vários outros morros em volta.

Num destes morros, bem no topo, existem ruínas de uma cidade de pedra. Reservamos um dia para subir lá (a pé, é claro!).

São as ruínas de Merke-Marka. Como todas as outras até agora, fica incrivelmente bem situada. Não resta nenhuma dúvida que de que estes povos antigos davam muito valor para o lugar e para a vista de onde construíam. De lá de cima se pode ver quase o lago inteiro, com as baías recortadas e ilhas.

As ruínas são restos de muros de pedras (baixos) em diversos formatos. Grande parte deles é circular, coisa que não tínhamos visto até agora. Uma coisa que nós questionamos é que como não há nenhuma espécie de proteção, qualquer um pode chegar lá e destruir tudo. A sorte é que praticamente não há visitação e muitos dos moradores da cidade nem se lembram da existência dessas ruínas.


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